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Brasil
Publicada em 12/05/2025 às 21:30h - 334 visualizações
CASO ISABELLY: LAUDO OFICIAL APONTA PNEUMONIA E PODE INOCENTAR PAIS PRESOS POR ABUSO.

Jornal A Notícia

 (Foto: Divulgação )

A morte da menina Isabelly Carvalho Brezzolin, de apenas 11 anos, ganhou novos contornos após a divulgação antecipada do laudo de necropsia, na tarde desta segunda-feira (12/05). O documento, obtido pelo Diário de Santa Maria, indica que a causa da morte foi uma sepse (infecção generalizada) decorrente de pneumonia grave, e descarta qualquer indício de violência física ou sexual. A informação contradiz frontalmente a versão inicial da Polícia Civil de São Gabriel, que levou à prisão dos pais da criança sob suspeita de agressão e abuso sexual.

 

 

Isabelly faleceu na quinta-feira (08/05), no Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), para onde havia sido transferida em estado crítico após atendimento na Santa Casa de São Gabriel. Um dia antes da morte, os pais — Elisa de Oliveira Carvalho, 36 anos, e José Lindomar Nunes Brezzolin, 55 — foram detidos preventivamente. A prisão foi motivada por supostas evidências de maus-tratos e abuso, como fraturas, perfuração pulmonar e lesões genitais, versões que agora estão sob suspeita de serem falsas ou mal interpretadas.

 

 

CONTRADIÇÕES E DÚVIDAS

 

 

Apesar da gravidade das acusações, o laudo oficial elaborado pelo médico-legista aponta um quadro clínico totalmente diferente: nenhum sinal de trauma ou abuso, apenas complicações severas de uma infecção pulmonar.

 

 

Em nota oficial, a direção técnica da Santa Casa de São Gabriel informou que a paciente foi avaliada com agilidade e submetida a exames de imagem, que confirmaram um pneumotórax (presença de ar fora do pulmão), além de lesões compatíveis com pneumonia severa. O hospital ainda afirmou que, desde o início, não foram detectados sinais de violência física ou sexual, e que todas as informações clínicas foram repassadas à Polícia Civil.

 

 

Com a revelação do laudo, emergem questionamentos cruciais: 

 

 

Quem comunicou à polícia que a menina teria costelas fraturadas e lesões genitais?. Por que as informações divulgadas pela Polícia Civil divergiram tanto dos exames feitos no hospital?

 

 

Por que os pais foram presos antes da confirmação dos fatos?

 

 

Na tarde desta segunda-feira (12/05), a Polícia Civil de São Gabriel informou que o inquérito foi colocado sob sigilo, “em razão das diligências que ainda precisam ser cumpridas”. Com isso, não há resposta oficial sobre a origem das suspeitas iniciais, tampouco explicações sobre a cadeia de informações que levou à prisão dos pais.

 

 

A repercussão nas redes sociais é intensa. Muitas pessoas cobram explicações das autoridades sobre a condução do caso e a possível injustiça cometida contra os pais da vítima. A mãe, Elisa, chegou a relatar à polícia que vinha observando comportamentos estranhos do marido, como abraços e toques excessivos na filha, o que pode ter influenciado o direcionamento da investigação — mas não configurava, até o momento, provas concretas de abuso.

 

 

EXAME FEITO EM SÃO GABRIEL

 

 

O laudo de imagem, feito ainda em São Gabriel, descrevia um quadro grave de comprometimento pulmonar. Foram identificadas bronquiectasias, escavações, opacidades e derrame pleural no pulmão direito — alterações compatíveis com infecção crônica ou aguda. A menina foi submetida a ventilação mecânica e a instalação de um dreno torácico antes de ser transferida para Santa Maria.

 

 

Menos de 24 horas depois, Isabelly faleceu por falência sistêmica causada por infecção generalizada. O laudo necroscópico confirmou o diagnóstico clínico e eliminou hipóteses de violência.

 

 

O caso de Isabelly Carvalho Brezzolin revela falhas sérias de comunicação. A prisão dos pais baseada em informações não confirmadas gera preocupações sobre o uso de medidas extremas antes da devida apuração. Do inquérito, que agora corre sob sigilo, é cobrado rigor, respeito à verdade dos fatos e que eventuais erros sejam corrigidos com transparência.




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